O AEJ, sigla para o exercício aeróbico em jejum, é uma pratica que caiu no gosto dos fisiculturistas. O exercício logo pela manhã, antes de comer, promete grandes perdas de gordura e aumento de metabolismo durante todo o dia.
Existe um pouco de literatura científica que embasa de certa forma os benefícios prometidos pelo aeróbico em jejum, mas a maioria dos fisiologistas não acredita nessa prática.
Baseados na teoria que basta você consumir menos calorias que gastou durante 24hs, o horário do exercício não tem muita importância.
Veja alguns argumentos em favor do AEJ
– Uma noite de sono resulta em uma média de 8 a 10 horas de jejum, isso faz com que os estoques de glicogênio do seu corpo se esgotem. Fazer exercícios neste momento pode fazer com que seu corpo mobilize mais gordura devido à indisponibilidade de glicogênio.
– Se você está me jejum, seu organismo não vai liberar a insulina que normalmente o faria ao comer. A insulina está diretamente associada à mobilização de gordura corporal. Portanto, menos insulina nesse horário, mais gordura será queimada.
– Pela manhã, após uma longa noite de jejum, existem menos carboidratos na corrente sanguínea. Com menos glicose disponível, você vai queimar mais gordura.
– O AEJ pela manhã deixa seu metabolismo elevado por um longo período de tempo. Se você faz seu aeróbico na parte da noite, você não consegue tirar proveito do efeito ” Afterburn “, porque a sua taxa metabólica cai dramaticamente assim que você vai dormir.
Agora veja alguns argumentos dos especialistas que discordam dos efeitos do AEJ.
– Para quem discorda dos benefícios do AEJ, a diferença de queima de gordura entre comer ou não comer antes de fazer exercícios é insignificante. O benefício obtido depois de se passar 15h em jejum, sendo uma delas fazendo exercício, daria o equivalente a queimar 2,7g de gordura. Esse sacrifício resultaria no equivalente a você queimar meia gota de azeite.
– Ficar sem comer durante a noite não esvazia suas reservas energéticas totalmente, mas coloca o corpo em estado de alerta. O corpo resgata o instinto de sobrevivência, que é tentar preservar energia para as suas funções vitais.
Se você força seu organismo a fazer atividade física em jejum, ele entende como um alerta de que você está em período de alta privação.
Automaticamente, seu corpo começa a fazer ajustes metabólicos para se proteger.
Uma das ferramentas do organismo é tentar poupar a reserva de energia, que é a gordura, e se livrar de tecidos “desnecessários”, no caso, o músculo.